segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dependência de Jogos Eletrônicos


Rev. psiquiatr. clín. vol.39 no.1 São Paulo  2012

Autores: Igor Lins Lemos e Suely de Melo Santana

Trechos retirados do artigo para aguçar sua curiosidade...

·         Os jogos eletrônicos são caracterizados como uma das formas contemporâneas de desdobramento da cibernética, indústria essa em franca ascensão. As novas tecnologias e sua notável disseminação acabam por atingir toda a sociedade, de forma direta ou indireta, principalmente as crianças, adolescentes e jovens adultos. Tal evolução revela uma abrangência na utilização de jogos eletrônicos e estimativas sugerem que cada vez mais pessoas utilizem produtos tecnológicos nos próximos anos. Concomitantemente, os jogos eletrônicos possibilitam um tipo de intimidade com as máquinas jamais imaginada décadas atrás. Esse movimento caracteriza a cultura do computador nascente, representando, assim, uma nova era. Os jogos eletrônicos, de caráter on-line ou off-line, podem ser considerados um modelo de mídia comum no século XXI e, com o seu fascínio quase hipnótico, são vistos como o poder dominador da tecnologia.

 

·         O usufruto de jogos eletrônicos, vinculado à psicopatologia, pode ser considerado um comportamento desadaptativo quando são apresentados sinais de excesso na utilização de tais tecnologias. Isso ocorre quando o comportamento aditivo afeta o sujeito de forma que ele se encontre incapaz de controlar a frequência e o tempo diante de um comportamento que anteriormente era considerado inofensivo.

 

·         A dependência de jogos eletrônicos e de internet pode ser vista por meio de uma etiologia multifatorial e multidimensional, pelo fato de o portador apresentar tanto um distúrbio mental como comportamental. Além disso, possui como pano de fundo a biologia, especialmente características genéticas, e a vulnerabilidade mental. Contudo, tais dependências não possuem denominações oficiais e ainda não são classificadas como psicopatologias, suspeitando-se, por poucos pesquisadores, ser então uma consequência de outros transtornos psiquiátricos. Porém, há uma pressão por parte de profissionais da área da saúde para o reconhecimento desses fenômenos como transtornos psiquiátricos.

 

·         O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão da literatura científica a respeito da dependência de jogos eletrônicos e, paralelamente, da dependência de internet, que pode oferecer subsídios para a primeira psicopatologia. Foram abordadas as principais características da dependência de jogos eletrônicos, a prevalência ao redor do mundo e a possibilidade de comorbidades, e avaliada a existência de procedimentos de tratamento baseados na terapia cognitivo-comportamental.

Boa leitura !!!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dica de leitura...
 
Como cuidar da saúde de seu cérebro?

Seja qual for o esporte que você goste de praticar, caso não esteja praticando, pratique, pois a realização de natação, dança, ginástica, academia etc. proporciona mais oxigênio pelo corpo, e isso sign...ifica que beneficia inclusive as células da massa cinzenta.

O neurologista Li Li Min, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizou um estudo, a qual consistia em analisar 8 imagens cerebrais de oito lutadores de judô, oito maratonistas e de 20 sedentários. Foi constatado um aumento na massa cinzenta daqueles que praticavam esporte.

São muitas as formas de contribuir para a saúde de seu cérebro, entre elas está os exercícios aeróbicos, os quais estimulam a criação de novos neurônios, bem como a interação entre eles (sinapses).

Uma dica:

Quem pratica exercícios físicos reduz o risco de sofre um AVC (acidente vascular cerebral), por exemplo.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Quando o seu filho ...está de "dono do campinho"



" Dono do Campinho”?

Reflexão sobre limites na infância e adolescência

Estabelecer limites claros, objetivos e com afeto são fundamentais para um bom desenvolvimento emocional e social, pois ajuda o sujeito a perceber até onde pode ir e não interferir e prejudicar o próximo, podendo respeitar e se comportar, condizente com o que a ambiente espera dele.

Qual o papel dos limites impostos pelos pais? *

Ao imporem limites, os pais apontam para as crianças as consequências da destrutividade e os danos que podem causar. É através das palavras e da presença dos pais em oposição à criança durante as experiências agressivas, que os limites se estabelecem. Os pais devem reagir à agressividade, além de palavras, com atitudes. Assim, a presença verdadeira na educação dos filhos impõe o limite necessário para a constituição de uma criança que respeita o outro. Os pais implicados na educação são aqueles que exercem autoridade sobre seus filhos, sem precisar usar da força física. A partir de suas referências pessoais e história de vida, os pais fazem oposição aos filhos e exercitam o estabelecimento de relações de hierarquia. Estabelecer limites e regras, antes de ser uma tarefa árdua, deve ser estimulante e capaz de propiciar uma convivência verdadeira entre pais e filhos. Espera-se que este exercício garanta aos pequenos o estabelecimento do seu universo próprio segundo os valores familiares bem estabelecidos.

Como entender o papel da disciplina no desenvolvimento infantil? *

A criança que não possui uma disciplina regular dentro de casa, também terá dificuldades em seguir regras em outros contextos. Por exemplo, a necessidade em se manter sempre no domínio das situações pode gerar dificuldades importantes para a criança se inserir no grupo de amigos. Como ela vai conseguir dividir situações com os amigos se não conseguir, por exemplo, as regras de um jogo? As regras precisam ser internalizadas e aprendidas, assim como as hierarquias. O controle interno é construído a partir do controle externo, e este precisa ser bem claro. No futuro, quando adulta, como poderá ser bem sucedida, se o seu próprio controle interno não puder ser respeitado? Qual será a qualidade das relações afetivas de uma pessoa que não consegue manter relacionamentos duradouros porque não aceita as demandas do outro e do mundo?

Enfim, o papel dos limites vai muito além da necessidade de controle, ele está a serviço do desenvolvimento saudável das crianças e precisa ser exercitado diariamente!

*Questões retiradas do texto: Agressividade das crianças e o limite dos pais. O que isso tem a ver com o desenvolvimento? MARTINS, M.B e FONTES, M.A. (http://www.plenamente.com.br/artigo/170/infancia.php)

TOLERÂNCIA


“O cume da tolerância é mais rapidamente alcançado por aqueles que não andam carregados de convicções”.  Alexander Chase

A palavra tolerância é oriunda do latin, tolerare (sustentar, suportar). No dicionário* quer dizer: disposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos. É um termo que define o grau de aceitação frente a uma contradição: moral, religiosa, cultural, civil ou física.

O ato de tolerar é variável de pessoa a pessoa e pode ser mutável. A tolerância é derivada das experiências vividas de cada um e de seus valores .Nos dias de hoje, você já parou para pensar como está seu limiar de tolerância em relação as pessoas, trânsito, política, religião...

Instigo a esta reflexão com algumas frases:

"A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos."Gandhi

"A necessidade de fazer tomar consciência às pessoas de que podem mudar a sociedade não é incompatível com a necessidade de torná-las tolerantes para com as fraquezas humanas." Wesker

"A tolerância é sempre um indício de que um poder é visto como seguro; quando se sente em perigo, nasce sempre a pretensão de ser absoluto; nasce, portanto, a falsidade, o direito divino do seu privilégio, a inquisição."  Frisch

“Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância”. Dalai Lama

“A primeira lei da natureza é a tolerância - já que temos uma porção de erros e fraquezas”. Voltaire

FELICIDADE E O ADOLESCENTE


FELICIDADE E O ADOLESCENTE

ARTIGO:  DO QUE ELES PRECISAM PARA SEREM FELIZES?

               A FELICIDADE NA VISÃO DE ADOLESCENTES

 ABAID , J.L.W, CAMARGO, S.P.H E GIACOMONI C.H.

 http://www.academicoo.com/texto-completo/do-que-eles-precisam-para-serem-felizes-a-felicidade-na-visao-de-adolescentesCarregando...

Compartilho aqui, uma leitura muito interessante sobre a felicidade e a adolescência, uma fase do desenvolvimento com inúmeras mudanças físicas e psicológicas.

Este texto procurou pesquisar o conceito de felicidade para os adolescentes e também o que eles consideram importante/necessitam para estarem felizes.

Nesse artigo, uma das questões discutidas foi à correlação de felicidade com sentimentos (prazer, autonomia, bem-estar e aceitação), sendo essa uma tendência inicial dos adolescentes. Essa correlação demonstra a necessidade deles de se sentirem bem com eles mesmos e com as demais pessoas, perante as adversidades de mudanças físicas e psíquicas. 

Boa leitura!!!

AGRESSIVIDADE INFANTIL


AGRESSIVIDADE INFANTIL

Trechos para reflexão tirados dos artigos:
 

A AGRESSIVIDADE NA INFÂNCIA: UM ESTUDO SOBRE SUAS CAUSAS E

CONSEQÜÊNCIAS

Autoras: Sandra Luciane França e Solange Franci Raimundo Yaegashi.


·         A questão da agressividade infantil tem sido discutida de diferentes formas e com pontos de vistas bastante diferentes, por vários profissionais. Nessa perspectiva questiona-se: Até onde uma criança precisa da agressividade para se desenvolver?

 
·         Para Oaklander (1980), o ditado popular que diz que a criança é agressiva porque está “pondo para fora” é inadequado, já que crianças passivas, retraídas, subjugadas e até mesmo as catatônicas estão “pondo para fora” algo à sua maneira. Todas as pessoas colocam alguma coisa para fora de maneira única e particular.

 
·         “Às vezes a criança é vista como agressiva quando está simplesmente manifestando raiva (...) Geralmente sinto que os atos agressivos não são a verdadeira expressão da raiva, mas desvios dos sentimentos reais”. (Oaklander)
 

·         A agressividade infantil é algo que pode ocorrer tanto em classes menos favorecidas quanto nas mais favorecidas. As condutas agressivas podem ter início desde o período pré-escolar, quando avós, pais, entre outros, acham que as atitudes da criança são apenas “um excesso de energia” ou uma travessura própria na infância. Para Ballone (2001), “a conduta agressiva entre os pré-escolares é influenciada por fatores individuais, familiares ou ambientais” (p.01).


·         Diferenças de sexo: os meninos sempre foram ditos “mais agressivos” que as meninas;, no entanto, essa classificação está diminuindo, provavelmente devido às mudanças socioculturais.



  E O ARTIGO:


Autores: Eraldo C. Batista, Benedito A. Oliveira e Simone L. Pires

·         A Violência No Ambiente Familiar: Por ser o primeiro sistema no qual o individuo interage, a família consiste num micro-sistema onde cada membro tem uma posição e um papel socialmente definido, que reflete sua organização estrutural e funcional Gomes et al 2007. O que nos remete que a família é responsável pela sobrevivência física e psíquica da criança. Porém, nem sempre essa imagem de proteção cumpre sua função. O interior da família, lugar mitificado em sua função de cuidado e proteção, pode ser palco de muitas violências. O fenômeno da violência familiar é, infelizmente, universal, favorecendo condições de riscos psicossociais para a família. Como afirma Milani & Loureiro (2008), a violência no contexto familiar constitui um fenômeno complexo, que envolve questões como a desigualdade social e prejuízos na qualidade de vida que atingem as famílias com comprometimento nas relações intrafamiliares e é evidenciado pelo abuso de poder.

·         De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), o comportamento agressivo encontra-se, inserido no quadro de transtornos de conduta, que é caracterizado por um padrão persistente de comportamento que viola os direitos básicos dos outros e as normas ou regras sociais importantes e apropriadas à idade (American Psychiatric Association, 2003). Estudo realizado por Corrêa e Williams (2000), sobre o impacto da violência conjugal na saúde mental das crianças, concluiu que havia altos índices de depressão, agressividade, isolamento e baixa autoestima em crianças que presenciaram atos violentos entre os pais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Família : dicas de convivência

Família. Família... Todos temos, dela viemos. Nela nascemos... Então crescemos!
Para uns, a família é só o pai, para outros só a mãe, muitos só têm o avô. Mas é família: sinônimo de calor!
Tem família que é completa, repleta, discreta, seleta, aberta. Outra é engraçada, atiçada, afinada, engrenada, esforçada, empenhada. Mas tem família complicada, indelicada, desajustada, desacertada, debilitada. Família... Família é assim: lá não temos capa - nada nos escapa! Máscaras, como usar? Não, não dá para enganar! Às vezes queremos fingir, mas isto é apenas mentir. E, é lá dentro de casa que surge, cresce, aparece, o lobo voraz, o urso mordaz, elefantes ferozes (com trombas e tudo), leões velozes com unhas e dentes inclementes... Família... Família é lugar onde convivem os diferentes: um é risonho, outro tristonho; um é exibido, outro inibido; um é calado, outro exagerado; um é cabeludo, outro estudo; um é penteado, outro descabelado... Família... Família é assim: nunca é possível contentar, pois onde há diferenças, haverá desavenças como a todos agradar? Mas entre todos os valores cultivados entre nós há algo como uma voz muito enfática a dizer: Cultive a educação, faça lazer, haja afeição; dê carinho, tudo aos seus!"
Noélio Duarte

A família é a primeira instituição social em que nos deparamos. A mesma vem se transformando ao longo do tempo, como por exemplo, na diminuição de números de filhos ou na ausência deles, na variação de quem faz as funções parentais e em suas inúmeras configurações. Em meio a essas transformações, há um aspecto que não muda: é na família onde iniciamos a nossa configuração como sujeitos sociais, pela transmissão de valores, comportamentos, afetos, costumes e tradições. É ela que exerce uma influência decisiva na formação do indivíduo, mediando também o indivíduo e a comunidade. Melhorar a convivência na atualidade é uma preocupação importante e urgente, porque muitos fatores externos e internos interferem nesse processo. Em muitas famílias, não se fala na possibilidade de melhorar a convivência ou não se sabe como levar a cabo essa melhoria.

Portanto, seguem algumas dicas de como podemos conviver melhor em família:

- Respeite as diferenças/individualidades, somos seres únicos e possuidores do livre arbítrio;
- Saiba ouvir;

- Tente não discutir/brigar quando não tiver argumentos “plausíveis” para tanto;

- Coloque-se no lugar do outro. Ex: Como eu agiria/pensaria se isso tivesse acontecido comigo;

- Crie hábitos saudáveis, como por exemplo dizer Bom dia! Boa noite! Obrigado!;

- Seja afetivo;

- Conheçam as necessidades uns dos outros;

- Reconheça os erros e peça desculpa;

- Saiba perdoar;

- Conversem mutuamente quando tudo estiver indo bem e quando estiver indo mal, uma boa comunicação é fundamental;

- Façam planos;

- Tenha senso de humor;

- Respeite as “regras” do lar;

- Não minta ou trapaceie, porque mais cedo ou mais tarde isso será descoberto e talvez as consequências não sejam boas;

- Tenham confiança mútua;

- Tenha flexibilidade de pensamentos e atitudes e etc.

MANTENHA EM SEU COTIDIANO O QUE JÁ DÁ/DEU CERTO EM SUA FAMÍLIA!

BOA CONVIVÊNCIA!

quarta-feira, 28 de março de 2012

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA




“Atividade física não
é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável. É a base da
atividade intelectual criativa e dinâmica”.
Eduardo Costa

A prática da atividade física (qualquer movimento
como resultado de contração muscular esquelética que aumente o gasto energético
acima do repouso e não necessariamente a prática desportiva) é benéfica ao ser humano
para uma boa qualidade de vida.
Quando a atividade é feita de uma forma adequada pode proporcionar uma saúde física e
emocional equilibrada em todas as fases da vida, na infância, adolescência, vida
adulta e na melhor idade como algumas pessoas se referem à terceira idade.
Na infância e na adolescência a prática da atividade física contribui para a
saúde, o não surgimento da obesidade, a prevenção de doenças (hipertensão,
tumores, diabetes, doenças crônicas e cardiológicas), desenvolvimento da massa
óssea, muscular e articulações, estimula o desenvolvimento cognitivo e motor e também
há indícios que crianças e adolescentes ativos têm mais propensão de serem
adultos preocupados com a saúde e a prática física.
São aspectos para a estimulação e indicação da prática física nesta faixa etária: criar o hábito saudável da atividade física no cotidiano, valorizar a educação
física escolar (que estimula a prática de atividade física para toda a vida, de
forma agradável e prazerosa), integrar as crianças e não discriminar os que têm
menos aptidão.
A prática desportiva colabora para a socialização das crianças e adolescentes
proporcionando uma competição saudável em equipe, onde elas se deparam com
situações de ganhar ou perder, potencialidades, qualidades, desapontamentos,
defeitos e etc.

Dicas práticas para os pais estimularem seus filhos à prática de atividade física, segundo
a Clínica Infantil Reibscheid, 2011 (trecho
retirado do site):

. Crianças e adolescentes devem ter pelo menos 60 minutos por dia de atividade física
moderada a vigorosa;
• Sirva de exemplo: organize eventos familiares ao ar livre que tenham
momentos de prática de atividade física regular;
• Encoraje a criança a ser ativa. Ensine e participe de brincadeiras
como: chutar bola, pular corda, andar de bicicleta, pega-pega, amarelinha,
esconde-esconde, etc;
• Apóie a participação da criança e do adolescente em atividades
esportivas individuais ou coletivas que ele goste. Natação, futebol, voleibol,
etc;
• Estabeleça limites de tempo para ver televisão, computador e jogos
eletrônicos. Alternando períodos de inatividade com atividade;

• O tempo de atividade física não precisa ser contínuo, deve haver
períodos de sono, refeições, etc.
Então, viva a prática da atividade física!!!


Fernanda Soares Fernandes
Psicóloga ESPAÇO DOM QUIXOTE – Especialista em Psicologia Clínica-
Terapia Cognitivo-Comportamental

Referências:
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v4n4/a02v4n4.pdf.
Acesso: 16/02/2012
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/Image/conteudo/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/artigos/atividade_fisica_em_adolescentes.pdf. Acesso
17/02/2012.
http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=143&cat=5.Acesso
18/02/2012.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FOTOS



FOTOS



CANTINHO DAS CRIANÇAS



SALA DE ESPERA



BREVE REFLEXÃO SOBRE A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

“O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos"
Epitetus - Sec.I

* A TCC, surgiu no início da década de 60 por Aaron Beck (psiquiatra) seus primeiros trabalhos foram direcionados ao estudo da Depressão;
* É uma abordagem terapêutica orientada ao presente, focal (metas/objetivos) e estruturada;
* O ponto de partida do tratamento é a fonte do sofrimento do paciente;
* A TCC é baseada no conhecimento Empírico da psicologia e está sempre em constante experimento/pesquisa para comprovação de sua eficácia nos diferentes Transtornos psicológicos;
* Trabalhamos com o empirismo colaborativo, ou seja, o psicoterapeuta e o paciente trabalham juntos na busca da resolução do problema.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA (TCC)
“A abordagem cognitiva focaliza o trabalho terapêutico sobre os fatores cognitivos que estão na etiologia e na manutenção de determinada psicopatologia, já a abordagem comportamental, através do conhecimento sobre as leis gerais do comportamento, proporciona a compreensão dos fatores que o mantêm possibilitando meios de alterar condições inadequadas.”
(BAHLS, S.C & NAVOLAR, A.BB., 2004 )

TRÍADE COGNITIVA:
• VISÃO DE SI: percepção de si mesmo
• VISÃO DOS OUTROS/MUNDO: experiências a sua volta/o que lhe transmite
• VISÃO DO FUTURO: o que se espera que aconteça
Exemplo: Paciente com Depressão
Visão de si: inapropriado, feio, errado...
Visão dos outros/mundo: frustrante, falso...
Visão do futuro: ruim, sofrido...
A premissa da TCC é que há relação na maneira em que sentimos (emoções), nos comportamos e pensamentos (cognição) e estas implicam diretamente no funcionamento (situações) normal do ser humano. Situações do cotidiano podem ser interpretadas de diferentes formas pelas pessoas, manifestando em suas ações e sentimentos. Exemplos de emoções, comportamentos, pensamentos (cognição) e reações fisiológicas que podem estar disfuncionais no paciente:

* Emoção:
Tristeza, ansiedade, alegria, descontentamento, irritação, angústia...
* Comportamento:
Chorar, gritar, não fazer algo, mentir, elogiar, comer, dormir....
* Pensamento (cognição):
“Sou bonita”, “ As pessoas são cruéis”, “ Será que vou conseguir”...
* Reações fisiológicas:
Sudorese, taquicardia, dor de estômago...
CICLO QUE SE RETROALIMENTA: Ex: Paciente com DEPRESSÃO
Situação: Escola – Nota ruim na prova
Pensamento : “Sou péssima”, “Sou incompetente”...
Emoção: tristeza/ansiedade....
Comportamento: Chorar/isolar-se/não fazer...
Reações fisiológicas: respiração ofegante, taquicardia, dor de estômago....
Para ajudar o paciente nesta situação....RESUMIDAMENTE A TCC BUSCA...
Auxiliar o paciente na mudança/correção dos pensamentos distorcidos ou disfuncionais, para que ele se sinta melhor emocionalmente e para que se comporte de maneira mais produtiva na busca de suas metas/desejos.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Clínica Transdiciplinar de Crianças e Adolescentes - ESPAÇO DOM QUIXOTE



Consultório

Como penso, sinto e me comporto frente ao ato de comer...



Por que quando estamos com fome não pensamos em comer uma alface, maçã....ou outro vegetal ou fruta?!......
Apesar de milhares de anos de evolução na ciência, na tecnologia, no âmbito social, o nosso cérebro não acompanhou essa evolução em relação ao ato de comer. O cérebro ainda está preparado para “lutar/procurar” comida na Savana Africana, como nossos ancestrais, onde os vegetais e frutas eram mais fáceis de conseguir. Para se ter acesso a gordura, sal e açúcar era preciso grande esforço (caçar, e pescar). Só que hoje em dia não precisamos mais percorrer longas distâncias para conseguir esses alimentos. Eles estão a um telefonema de tele-entrega da gente, não gastamos nenhuma energia para consegui-los, estão em qualquer esquina...... Então, o que fazer?
Na Terapia Cognitivo-Comportamental trabalhamos muito em cima de como sentimos, pensamos e nos comportamos frente às situações na vida, principalmente em situações de crise. Em relação à comida, isso não é diferente. Recorremos a ela em vários momentos: felizes, tristes, ansiosos, estressantes....mas em várias situações após comermos, frequentemente pensamos “ – Por que comi isso?” e muitas vezes agimos (comportamento) nos boicotando ( - “Já comi a mais então, mais um pouco não faz diferença!) (pensamento) assim comendo mais ainda e nos sentindo muitas vezes tristes. A partir disso, o clico continua, se realimenta....e o objetivo/motivação para a redução de peso é prejudicada.

Ex: Situação - Festa de Aniversário de Amigo

1 Comportamento 2 Emoção 3 Pensamento
Comer além da saciedade. Tristeza . “ Por que fiz isso ?”

4 Pensamento 5 Emoção 6 Situação 7 Comportamento
“ Já comi demais mesmo". Raiva. Em casa, após á festa. Comer mais sorvete.

Um dos principais pontos para alcançar uma redução de peso é diferenciar a fome (fisiológica) da vontade de comer (gula). Mas isso não é fácil, pois cada pessoa pensa, sente e se comporta de maneira diferente frente á comida. O maior passo para a mudança é a motivação e os objetivos que o/a levam a querer reduzir de peso.
Sobre a maneira de pensar em relação à comida temos que rever segundo Judith Beck*, os seguintes tópicos:
1- Sobre a fome e a vontade de comer;
2-Sobre a tolerância à fome e o desejo incontrolável de comer;
3- Sobre quando parar de comer;
4- Sobre quanto comer;
5- Sobre o bem-estar proporcionado pela comida;
6- Sobre ganhar peso;
7- Sobre quanto às outras pessoas comem;
8- Sobre o fim da dieta.
O plano proposto no livro Pense Magro, utiliza técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental, como por exemplo o cartão de enfrentamento das vantagens e desvantagens de emagrecer, monitorar por escrito a alimentação (como se fosse um diário alimentar), cultivar o hábito de comer sem pressa e sentado a mesa, escolher um “monitor” da dieta (alguém que incentive a pessoa a se manter fiel ao planejamento), aprender a tolerar a fome (com o objetivo de diminuir a ansiedade em relação a fome), criar o hábito de pesar-se,comprometer-se a prática de atividade física,desenvolver o costume do auto-elogio e outras.
O grande ”truque” para a mudança é aprender a resistir e a se confrontar, ou seja, “desligar “ os pensamentos distorcidos que nos levam a comer em excesso. Deixar de “pensar gordo” para “pensar magro”.(Beck, 2008)
Driblar e resistira à comida é uma das tarefas mais árduas, pois pensar magro requer disciplina e demanda muito empenho.
Uma dica para reflexão....
Sugestão de leitura: Livro: * Pense Magro- A dieta definitiva de Beck- Autora: Judith Beck. Artmed Editora, 2008.

TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA FOBIA ESPECÍFICA – UMA INTRODUÇÃO AO ASSUNTO



“ Um dos efeitos do
medo é perturbar os sentidos e fazer
que as coisas não pareçam o que são.”
- disse Miguel de Cervantes em Dom Quixote,
século XVII.

CONCEITOS
* Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão que se assemelha a um desconforto em relação à antecipação de perigo. Ela é considerada um fenômeno universal e se liga a mecanismos de ataque-defesa (luta e fuga), vinculados à sobrevivência (Asbahr, Castillo, Manfro & Recondo 2000).
* Na apreensão ansiosa, isto é, um estado de humor orientado para o futuro, o sujeito se torna pronto ou preparado para tentar lidar com acontecimentos eminentemente desagradáveis; essa condição está ligada a um estado de afeto negativo elevado, uma sensação de ausência de controle e um foco sobre os estímulos ameaçadores (Barlow & Craske, 1999 p.15, Fernandes & Terra, 2008).
* O medo fóbico é específico e, na maioria das vezes, lança-se para o meio externo através de manifestações próprias do corpo, as quais, normalmente, afetam o sistema nervoso autônomo, levando a manifestações neurovegetativas, tais como: vertigens, pânico, palpitações, distúrbios gastrointestinais, sudorese e perda da consciência. Esses sintomas determinados pela fobia surgem sempre que o paciente se depara com o objeto fóbico (Ballone, 2005).
* A fobia é um sentimento de medo, injustificado e desproporcional, que se introduz e persiste no campo da consciência e se mantém ali, independente do reconhecimento de sua forma infundada e da intensidade com que se manifesta. A característica essencial da fobia consiste num temor patológico que escapa à razão e resiste a qualquer espécie de oposição, temor este dirigido a um objeto específico (Ballone, 2005).
DESCRIÇÃO
Dentre os quadros psiquiátricos mais diagnosticados tanto em adultos como em crianças são os transtornos de ansiedade. Estima-se que a prevalência desses transtornos ao longo da vida seja de 15 % em adultos e 9% em crianças (Asbahr, Castillo, Manfro & Recondo , 2000, para. 9).
Segundo o DSM IV-TR (APA, 2002), entre os Transtornos de Ansiedade, temos a Fobia Específica. Sua característica principal é o medo acentuado e persistente de objetos ou situações claramente discerníveis em que, com freqüência, o estímulo fóbico é evitado ou suportado com temor. O medo ou a antecipação ansiosa do encontro com o estímulo fóbico interfere significativamente na rotina diária, no funcionamento ocupacional (trabalho ou escola) e na vida social do indivíduo. O paciente também sofre maciçamente por ter a fobia. Essas pessoas experimentam um medo acentuado, excessivo ou irracional, na presença ou previsão do confronto com determinado objeto ou situação.
O diagnóstico de Fobia Específica engloba cinco subtipos (DSM IV-TR, APA, 2002):
* Tipo Animal: o medo é causado por animais ou insetos;
*Tipo Ambiente Natural: o medo é causado por objetos ou situações do ambiente natural;
* Tipo Sangue-Injeção-Ferimentos: o medo é causado por sangue ou ferimentos ou por submeter-se a outros procedimentos médicos invasivos;
* Tipo Situacional: o medo é causado por uma situação específica, como andar de ônibus, avião, elevador, dirigir, pontes ou permanecer em lugares fechados;
* Outros Tipos: o medo é causado por outros estímulos, por exemplo, som alto.
As Fobias Específicas parecem ser desenvolvidas de maneiras bastante heterogêneas, variando em função de diferenças individuais, de aspectos ambientais e de seus subtipos, entre outros fatores (FYER, 1998). A fobia específica, de forma geral, é uma psicopatologia de início precoce, ocorrendo por volta dos cinco anos de idade, sendo que, na maioria dos indivíduos, os sintomas se extinguem espontaneamente ainda na infância ( Pergher,Piccoloto & Wainer, 2004).
Dependendo do tipo e da magnitude do medo e de suas condutas evitativas, os indivíduos freqüentemente são alvos de zombarias de amigos, familiares, colegas e de outras pessoas do círculo de relacionamentos, intensificando as dificuldades de falar sobre o assunto (Ballone, 2005; Pergher et al,, 2004).
Como solução imediata, os pacientes costumam elaborar espontaneamente, maneiras de evitar a proximidade com a situação ou objeto temido. Quando essas evitações fracassam ou geram um custo emocional ou funcional muito grande, aumenta a possibilidade da procura de tratamento (Ballone, 2005;).
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
A ênfase deste tratamento consiste na aquisição, pelos pacientes, da confiança para o enfrentamento daquilo que é evitado (Caminha, 2003). A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem psicoterapêutica fundamentada no modelo cognitivo, segundo o qual a emoção, o pensamento e o comportamento são determinados pela maneira como o indivíduo interpreta o mundo (Beck, 1997).
O pressuposto básico da terapêutica cognitivo-comportamental das fobias específicas é de que o medo, da mesma forma que é aprendido, pode ser desaprendido. É como se durante o desenvolver da fobia, houvesse uma aprendizagem de um jeito, agora, por ocasião da terapia, a aprendizagem devesse ocorrer de um jeito contrário, associada a uma resposta mais adaptativa (Wolpe, 1961).
A aprendizagem mais adaptativa evolui melhor no dia-a-dia, nos ambientes e nos contextos de inserção do paciente. Uma pessoa pode, através da observação, aprender padrões de respostas a certos estímulos de outras pessoas, reagindo aos mesmos em diferentes contextos e podendo gerar novas estratégias de enfrentamento (Vanderberghe; Sousa, 2006).
TRATAMENTO ESTRUTURADO
O diagnóstico é feito basicamente pelos sintomas do paciente, pois não há exames laboratoriais ou de imagem que possam ser usados como critério de avaliação. A psicoterapia deve respeitar as individualidades de cada paciente, ou seja, se atendo as suas características e a gravidade de sua sintomatologia (Abuchaim & Galvão, 2010).
A ênfase do tratamento no enfoque teórico cognitivo-comportamental é a aquisição por parte do paciente, da confiança para enfrentar aquilo que é temido e evitado (Caminha, 2003).
O plano terapêutico é dividido em três partes:
1. Sessões iniciais: psicoeducação sobre o transtorno (consiste em explicar as particularidades do transtorno ao paciente), psicoeducação sobre o modelo cognitivo comportamental (pensamentos influenciam seus sentimentos e comportamentos e podem ainda ativar reações em seu corpo), automonitoramento (identificação de seus sentimentos e comportamentos) e relaxamento (consiste em tencionar e relaxar alternadamente grupos musculares específicos e também a técnica de respiração diafragmática).
2. Sessões intermediárias: dessensibilização sistemática (utilizada para minimizar medos e ansiedades-exposição), auto-instrução (substituição de pensamentos mal-adaptativos por pensamentos adaptativos), modelação (aprendizagem a partir da observação de terceiros) e tarefas de casa (motivação e adesão à tarefa e à terapia).
3. Sessões finais: super aprendizagem (superexposição do paciente á situação ou objeto temido) e a prevenção à recaída (avaliação com o paciente e a família sobre todos os aspectos trabalhados e os ganhos obtidos e explicar que para se manter esses ganhos e necessária a contínua aproximação com o objeto ou situação fóbica) (CAMINHA, 2003; Caminha & Caminha, 2007).
Ao final do processo terapêutico, a proposta da terapia cognitivo-comportamental é que o paciente adquira confiança para enfrentar as suas dificuldades de modo mais independente. Assim, o terapeuta desde o início do tratamento pontua os avanços e melhoras do mesmo. Desta maneira, a cada experiência vivida com sucesso, deve-se reforçar que a fobia específica só será reduzida com a aproximação do objeto ou situação temida e não por sua evitação (Caminha, 2003).
Tem-se muito ainda a estudar, pois é um transtorno que afeta muitas pessoas em todo o mundo.